domingo, 20 de novembro de 2011

CRISTO, REI DO UNIVERSO

Hoje celebramos a Solenidade de Cristo Rei, que é muito significativa para toda a Igreja e cada um de nós em particular.


No ciclo de celebrações do ano litúrgico, começamos a vivenciar a nossa fé, que é inteiramente centrada em Cristo, no 1° Domingo do Advento, preparando-nos para o Natal do Senhor. Depois das festividades do nascimento de Jesus nós temos a primeira parte do Tempo Comum. Neste tempo, refletimos sobre a vida pública e os ensinamentos de Jesus em suas parábolas e ações durante a sua peregrinação enquanto caminhava neste mundo. A seguir, com a Quarta-feira de Cinzas, começamos o Tempo da Quaresma, período em que a Igreja se prepara para vivenciar os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, na Semana Santa. A Páscoa, tempo mais importante do ano, nos concede a alegria de vivenciar a nova vida trazida pelo Cristo e a vitória definitiva sobre o pecado e a morte. Pentecostes é a solenidade que encerra este período festivo com a invocação e memória do Espírito Santo sobre todos nós. O ciclo termina com a segunda parte do Tempo Comum, quando voltamos para a vida pública de Jesus e seus ensinamentos.


A Solenidade de Cristo Rei não encerra apenas o Tempo Comum, mas todo o ano litúrgico. Tudo o que foi celebrado, desde o Advento, é retomado e vivenciado de forma sucinta nesta única liturgia, e proclamamos o Cristo como definitivo e eterno salvador de nossas vidas.

Jesus trouxe consigo ao mundo a possibilidade de contemplarmos, nele, o rosto de Deus Pai. Isso acontece hoje pela ação do Espírito Santo, que nos acompanha e santifica pela vivência da fé na Igreja. Dizer que Cristo "reina" é o mesmo que dizer que ele é "O Senhor", ou "O Proprietário", ou ainda "Aquele que renova o mundo". Ele é o centro da nossa experiência religiosa, sendo Ele mesmo o próprio meio de nossa "religação" com Deus.

Invocar o Cristo, Rei do Universo, consiste em permitir que o seu reinado aconteça no nosso coração, na nossa família, na comunidade, na sociedade e, consequentemente, em toda a humanidade. Jesus quer que sejamos súditos com direito a reinar com Ele, e esse reino precisa se estabelecer pelo mundo. Nossa conversão está fundamentada exatamente em deixar o Cristo reinar em nós, através de nós e apesar de nós. "É preciso que Ele reine!"


O Reinado de Cristo em nossa vida coincide com a sua providência e misericórdia. Sua coroa, feita de espinhos, nos é ofertada em forma de salvação; seu cetro real, a lança que o feriu, teve a nobre missão de atingir seu coração. Ele carregou seu próprio trono em forma de cruz e se apropriou completamente dele. Já sem seu manto majestoso, foi reconhecido como Rei pelo ladrão que, na mesma situação, se arrepende com as solenes palavras: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino!" (Lc 23,42). Então, ele assumiu com toda a nobreza de homem-Deus o seu reinado, dizendo ao ladrão arrependido: "Ainda hoje estarás comigo no paraíso!" (Lc 23,43) Logo em seguida, pendeu sobre o lenho da cruz e entregou seu reinado ao Pai: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!" (Lc 23,46). Ao terceiro dia, ressurge vencedor para subir ao céus, onde deveria ocupar seu novo e definitivo trono, à direita de Deus Pai, na comunhão eterna do Espírito Santo.

O céu é o reino que o Cristo nos deu por herança, e é preciso viver a regra geral para pertencer a esse reino: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo." Esta é a constituição legítima que rege a nós, seus súditos.

Temos que proclamar o Cristo como Rei da nossa vida. É preciso desnudar o nosso coração da arrogância que o reveste e seguir o ensinamento de sua Mãe, Rainha do Céu e da Terra, Mãe da Igreja: "Fazei tudo o que Ele vos disser!" (Jo 2, 5)

Cristo, Rei do Universo, Reine sobre nós!!!


Canção "Divino Diálogo" de Ir. Kelly Patrícia



Eduardo Parreiras

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