O ponto final queria que ninguém mais falasse. O travessão, todo saído, ficou triste, pois gosta de ter a palavra. As aspas, sempre imponentes, não ligaram para a discussão, e continuaram lá, abrindo e fechando o assunto.
A interrogação, em pleno uso da razão, filosofou: "Qual é a questão?" Então, a exclamação disse que queria deixar todos muito alegres, e que nada mais importava que a felicidade. As reticências, no entanto, hesitavam... Sobrou pra quem? Para os parênteses, que acabaram se arranjando no meio da conversa.
Os dois pontos se intrometeram e começaram a discutir com o ponto-e-vírgula quem seria mais importante. O asterisco, todo saidinho, tentou chamar a atenção para si, mas não deu certo, porque o hífen estava lá, para unir o que estava desunido e para separar o que não dava pra ficar junto. Ao fim da página, começou uma nova canção...
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