sábado, 10 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria

Olá, pessoal! Paz e bem!!!


Eu fiquei de postar um texto sobre a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, no dia da Solenidade, 8 de dezembro. Porém, fiz uma peregrinação e caminhei 40 km de Pará de Minas a Conceição do Pará, pedindo a intercessão de Maria Imaculada por todos nós, da noite do dia 7, pela madrugada e parte da manhã do dia 8. Cheguei em casa exausto e não tive condições de escrever. Claro! rsrsr Dormi das 15 h de ontem até as 5 h da manhã de hoje! Mas todo sacrifício valeu a pena. A graça foi maior que tudo!!!


Nossa Igreja proclamou quatro dogmas (verdades de fé) marianos, a saber: 1) Maternidade Divina - Maria é Mãe de Deus, proclamado no Concílio de Éfeso, no ano de 431; 2) Virgindade Perpétua - Maria sempre virgem, não me lembro a data de proclamação; 3) Imaculada Conceição - Maria concebida sem pecado, proclamado pelo Papa Pio IX em 1854; 4) Assunção de Maria ao Céu - Maria elevada em corpo e alma para o céu, proclamado pelo Papa Pio XII, em 1950. Vou me deter apenas no dogma da Imaculada Conceição, cuja festa nos é recente. Desses quatro dogmas, o que primeiro fundamenta a crença católica acerca de Maria é exatamente o primeiro da lista, o da Maternidade Divina. Maria, enquanto Mãe de Jesus, é Mãe de Deus, que se fez homem e habitou no meio de nós (Jo 1,14).




Das quatro verdades de fé fundamentais da doutrina católica no que se refere a Maria, a que mais me admira é a sua Imaculada Conceição. Para que Jesus viesse ao mundo, Deus preparou uma mãe pura e sem pecado para que o seu filho fosse concebido em um ventre puro, sem mancha, ou seja, "imaculado". "Macula" é uma palavra latina que significa "mancha", e que, por sua vez, exprime uma conotação do pecado. Todos nós, homens e mulheres, nascemos "maculados" pelo pecado, manchados desde a nossa concepção pela desobediência primeira dos nossos primeiros ancestrais.


Assusta-me a grandeza de Deus nessa ocasião. Tudo Ele fez de modo perfeito, sem mácula. É sempre infalível e irrepreensível diante da criação. Pela hereditariedade, Maria transmitiria a Jesus o pecado original, caso não tivesse sido concebida sem a desgraça primeira. Por isso, Maria foi proclamada por Pio IX, após séculos de e veneração e conhecimento pela Igreja, o grandioso dogma da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria.


Assim ficou definida a Imaculada Conceição de Maria, pela bula "Ineffabilis Deus", promulgada em 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX: "A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis."


É lindo perceber que a ação de Deus na vida de Maria já havia sido prevista pela profecia de Isaías: "Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Deus Conosco, o Emanuel." Is 7,14


Na liturgia da solenidade que celebramos a Igreja nos propõe, com um especial carinho pastoral, as leituras que indico a seguir: 1 Leitura Gn 3,9-15.20; Salmo 97; 2 Leitura Ef 1,3-6.11-12; Evangelho Lc 1,26-38. Não deixe de ler, pois essas leituras esclarecem completamente a graça dessa celebração.


Sabiamente, a Igreja nos define de forma clara o dogma da Imaculada Conceição de Maria em duas partes na Santa Missa: na oração da coleta, onde se lê "Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o fosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!" Eis a razão pela qual Maria foi concebida sem pecado: tornar-se uma morada digna para seu Filho divino. O segundo momento é o prefácio da oração eucarística, onde se lê "Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. A fim de preparar para o vosso Filho mãe que fosse digna dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude da vossa graça. Nela nos destes as primícias da Igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira os nossos pecados. Escolhida, entre todas as mulheres, modelo de santidade e advogada nossa, ela intervém constantemente em favor do vosso povo." Esta é uma verdadeira catequese, resumida em poucas linhas, sobre esse dogma tão fundamental da nossa fé mariana.


Nós temos uma mãe. E essa mãe, cheia de ternura, nos acolhe e nos leva sempre ao seu Filho. Eu ouvia as palavras de Dom Tarcísio, bispo diocesano de Divinópolis que presidia a Santa Missa em Conceição do Pará, que a salvação operada por Cristo é retroativa, e alcançou até mesmo sua Mãe, tornando-a toda santa e imaculada antes mesmo de sua vinda ao mundo, para que pudesse encarnar-se em um corpo inviolado pelo pecado.


Diante de tamanha grandeza da nossa fé, só nos resta suplicar à Mãe de Deus e da Igreja, Mãe de cada um de nós: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!"


Que Deus nos abençoe a todos, por intercessão de Maria.


Abraços!




Eduardo Parreiras

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