domingo, 17 de fevereiro de 2013

UMA VIDA DE GRAÇAS E VITÓRIAS!


Boa noite, amados em Cristo!

Chegamos ao tempo quaresmal, o grande retiro que a Igreja celebra anualmente em sua preparação para a Páscoa do Senhor.
Tempo forte, evidentemente marcado pela penitência e chamado à conversão, a Quaresma é o período do ano litúrgico em que a Igreja mais se recolhe, seja em oração, seja nas práticas penitenciais ou caritativas. Os quarenta dias de deserto refletem na vida da comunidade cristã os passos da agonia, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, e nos impulsionam a viver com toda a alegria do coração e grande júbilo o triunfo na ressurreição.


Sim, é para a ressurreição que os corações se convergem neste tempo propício ao recolhimento. A Páscoa é um tempo precioso demais para ser vivido de qualquer forma, sem preparação adequada. É necessário caminhar com Cristo em sua dor, para triunfar com Ele em sua vitória, única e perene, sobre a morte.
Cada um de nós, pelo batismo recebido, é introduzido no mistério pascal de Cristo pelo sacramento que nos inicia Nele. É na vivência da fé que a vida de Jesus passa a fazer parte da nossa vida. Por isso, caminhamos com Cristo por todo o ano litúrgico, mas com uma intensidade bem maior no ciclo pascal.
A finalidade deste tempo litúrgico é impulsionar o coração a proclamar a vitória da vida sobre a morte não apenas exteriormente, mas com o testemunho e a própria vida. É por isso que, na Quarta-feira de Cinzas, o evangelho nos apresenta um ensinamento muito importante de Jesus: a entrega do coração a Ele, e somente a Ele. Isso significa que não se deve pronunciar aos quatro ventos que se está a praticar rituais de penitência, tal como o jejum e a abstinência, assim como as práticas de caridade; tudo deve ser praticado no mais profundo silêncio, apresentando somente ao Senhor dos Senhores os sacrifícios que nos levam ao crescimento espiritual.
A penitência nos faz ser mais humildes. É ela também que nos ajuda muito a ser mais obedientes. E a obediência, portanto, nos confere uma nobreza de espírito que só se conquista com a prática constante de obedecer. E como é bom ser obediente! Isso deixa o coração livre para amar e servir! E o serviço? Ah, sim! Ele nos torna homens verdadeiramente entregues ao amor de Deus!


A Igreja celebra a Quaresma para se aproximar sempre e cada vez mais os seus filhos do próprio Cristo padecente, que se prepara para dar a cada homem e mulher deste mundo uma nova e definitiva dignidade: a de filhos adotivos de Deus.
Sigamos os passos do Calvário com Cristo. Ao chegarmos no alto do monte, viveremos em sua paixão a mais nobre experiência do amor, que tudo pode e tudo salva.

A seguir, a canção “Eu quero ser de Deus”, de Celina Borges.
Que a busca da santidade seja constante não somente neste tempo de recolhimento, mas em toda a vida.

EU QUERO SER DE DEUS
Celina Borges


Abraços e que Deus nos conduza ao centro de sua vontade e benevolência neste tempo quaresmal!

Eduardo Parreiras


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